Facebook

O Facebook tornou-se tão poderosos que é quase impossível estar na internet sem ter relação com ele.

No princípio era uma boa ideia ter um sítio onde podíamos combinar e partilhar coisas com os nossos amigos, mas depois esta palavra “amigos” passou a ter outro significado: aqueles a quem nós seguimos ara ver que fazem ou aqueles que nos seguem para podermos mostrar o que fazemos. Mas isso já acontecia antes do Facebook. Quantos são os amigos que temos no Facebook com os quais já passámos 15 minutos a conversar cara a cara? Mesmo sem a desculpa da pandemia?

Ora o Facebook, como todas as empresas, existe para criar riqueza para os seus acionistas, para além de pagar o salário aos seus funcionários e os impostos aos países onde tem os seus negócios.

Então como é que uma empresa que presta um serviço de graça pode ter receitas?

Custuma-se dizer que num negócio o cliente paga um produto, portanto se uma empresa te dá alguma coisa de graça tu não és o cliente, tu és o produto que essa empresa vende a outro cliente.

Basicamente a receita (enormíssima) que o Facebbo tem é feita através da venda de espaço para publicidade. Mas a publicidade genérica não gera muitas receitas. Então eles resolveram vender publicidade endereçada tentando corresponder da melhor maneira aos interesses da cada pessoa. Isto cria maior receita publicitária. E como é que eles fazem isto? Recolhendo o maior número de dados sobre cada pessoa. E depois vendem esses dados às empresas de publicidade para que possam usar os dados de cada pessoa para lhe apresentar publicidade noutros sites a partir das suas preferências.

Mas isto cia o problema da privacidade pessoal e da exploração dessa privacidade. A União Europeia criou um Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados (texto oficial aqui)

Algumas empresas tecnológicas abusam de tal maneira da recolha de dados que se torna quase impossível navegar na internet sem termos a nossa vida espiolhada por outras entidades, de maneira legítima ou ilegítima. Algumas empresas pretendem dar aos seus clientes um maior controlo sobre os seus dados e a forma como esses dados são tratados.

Uma dessas empresas é a apple que vai a partir do próximo ano implementar a possibilidade de as pessoas poderem dizer se querem que os seus dados pessoais possam ser recolhidos por uma dada aplicação e serem partilhados com outras aplicações. Isto ofendeu muito a empresa do Facebook, que publicou em alguns jornais um anúncio de página inteira a dizer que esta iniciativa deve ser bloqueada porque os prejudica a eles (Facebook).

Neste contexto a Apple está a pedir aos programadores de aplicações para os seus aparelhos que têm de apresentar uma página onde estão registados os dados que a sua aplicação recolhe e qual é o destino que lhes é dado. E é muito esclarecedor.

Vejam só a quantidade de dados que o Facebook recolhe ao usarmos a sua aplicação no iPhone, e que são vendidos às empresas publicitárias a quem prestam serviços:

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Se alguns dados são compreensíveis outros são completamente injustificados, sobretudo os dois primeiros: Saúde e Fitness e Compras.

Para além das “Informações confidenciais” e “outros dados”.

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