O que se passou com a recente vontade do Presidente dos Estados Unido de instalar a embaixada em Israel na cidade de Jerusalém é um bocado esquizofrénico. Por um lado toda a gente sabe que Jerusalém é a capital de Israel, mas ninguém, à excepção de Israel e de mais alguns outros países, incluindo a Russia e os Estados Unidos, ninguém quer reconhecer esse facto.
O problema está famosa Resolução 194 (III) da ONU com data de 11 de dezembro 1948, quase no fim da Guerra Israel-Árabe em que se determinam os critérios para o regresso dos refugiados palestinianos às suas casas e que, tendo em conta a importância dos lugares santos na Palestina a cidade de Jerusalém devia ser desmilitarizada e garantido a todos o seu livre acesso.
Os palestinianos vivem uma situação verdadeiramente trágica. Por um lado são vistos como cidadãos de segunda por Israel, constantemente humilhados na sua vida diária. Por outros os países árabes usam os palestinianos como arma de arremesso numa tentativa de eliminar Israel. Tendo em conta a história inicial do país, com Abraão a mudar-se, com a sua família alargada, de armas e bagagens de Ur para Canaã, com as posteriores as zangas e bulhas entre o seus dois filhos: o da escrava Agar, chamado Ismael, e o da esposa Sara, chamado Isaac, e depois dos descendentes dos 12 filhos de Jacob regressarem do Egipto expulsando todos os outros povos que viviam na Palestina, com as constantes invasões dos impérios que circundavam este território, Israel sempre viveu uma situação muito precária, externamente, mas internamente ciente do seu direito divino àquela porção do planeta.
Depois da segunda guerra Mundial a ONU decidiu um plano para dividir o território da palestina em 3: Israel (para os judeus), Palestina (para os árabes) e Jerusalém (zona especial de regime internacional). A ONU aprovou, com algumas dificuldades, este plano que foi recebido com reservas pelos judeus e rejeitado pelos palestinianos deu origem a uma guerra civil no território e ao abandono do território pelos Ingleses sem um plano para estabelecer Jerusalém como o tal território «Santuário».
Uma outra questão que não devemos esquecer é que aquele sítio é extremamente desértico e as fontes de água são escassas ambos os povos lutam pelo seu controlo.