Educação sexual d’Os filhos dos outros: “Como facilmente se verifica, não são os críticos da educação sexual que estão cegos face à razoabilidade dos argumentos dos defensores da educação sexual nas escolas; muito pelo contrário, são os defensores do Projecto de Lei do PS que estão cegos face à razoabilidade dos argumentos dos críticos. As perguntas que têm de ser feitas são as seguintes: Porque razão não querem os defensores da educação sexual nas escolas conceder aos pais o direito e liberdade de decidirem sobre a oportunidade ou falta de oportunidade da educação sexual definida pela maioria parlamentar? Porque razão é que os defensores do regime de educação sexual previsto no Projecto de Lei do PS não se contentam com a aplicação da educação sexual a alunos que manifestamente dela necessitam e insistem na imposição da educação sexual a alunos cujos pais estão suficientemente preocupados com a educação dos filhos ao ponto de se manifestarem insistentemente contra o regime que agora é proposto?
Não é difícil de perceber que o que está realmente em causa no debate em curso sobre a educação sexual nas escolas não é a preocupação com as crianças e adolescentes que dela carecem mas antes a preocupação em revolucionar a mentalidade e herança cultural das crianças e jovens portugueses. E sobre este tema vale muito a pena ler o artigo que Francisco Vieira e Sousa escreveu no PÚBLICO de Sábado passado, 11 de Abril, onde justamente defende que o Projecto de Lei do PS constitui um caso gritante de ‘ditadura da maioria e de utilização do Estado para propagar uma dotrina moral particular’.”
(Via O Cachimbo de Magritte.)