Sr. Primeiro Ministro Sócrates.
Não meta a Igreja nas suas batalhas políticas. Não fale do que não sabe. A doutrina da igreja continua a dizer que o fim do casamento é a procriação, a procriação e o bem-estar dos esposos.
A Igreja continua a dizer que o casamento é a união de um homem e uma mulher com vista à vivência do amor e da sua santificação pessoal e participação na obra criadora de Deus gerando novas vidas e educando-as para para a sua participação plena no mundo.
Sou católica. Praticante e convicta. Anti-aborto o mais possível.
Não sou capaz de admitir que o fim do casamento é a procriação.
Também não me perturba minimamente admitir que a fecundação possa
ser ajudada através das técnicas de fertilização in vitro. Se me
permite, vou contar-lhe uma história absolutamente verdadeira.
Tenho um amigo que gostava de ter sido sacerdote. Não seguiu essa
vocação por ser obrigado ao celibato e, consequentemente, ter de
abdicar de ser pai. Casou e, malfadadamente, a natureza vedou-lhe
esse sonho em virtude de um bloqueio ao nível das trompas da esposa.
Porém, bastaria uma pequena ajuda da medicina para o problema se resolver.
E lá anda o rapaz cheio de pruridos… Fará sentido? Não serão
fundamentalismos redutores que em nada contribuem para a felicidade
do casal? Fará isto sentido?
Um abraço